Até pouco tempo Benjamin era conhecido por ser da escola de Frankfurt, mas ultimamente alguns teóricos o trazem como um caso a parte, que tem certa influência da escola de Frankfurt é inegável, mas que ainda assim não pode ser tão metodicamente enquadrado. É um grande intelectual que é constantemente citado, isso ao menos no meio da História. Um grande fã de Baudeleire traduziu boa parte do trabalho de Charles para o alemão. De origem judaica é perseguido na segunda guerra e comete o suicídio.
Como se sabe Baudeleire já realizava experiências com drogas na sua antiga Paris (Baudeleire chega a ver o re-planejamento de Paris que a transforma na cidade planejada que é hoje). Vivia num meio de pura boêmia. Nestas experiências com drogas (as mais variadas) há um lugar especial para o Haxixe. Creio que esta admiração por Baudeleire levam de certo modo Benjamin a realizar algumas poucas experiências com o Haxixe. Ao que o livro relata não são muitas.
Walter Benjamin assim como Charles Baudeleire come o Haxixe, uma forma que me parece conhecida por poucas pessoas, geralmente o fumam. O caso é que o haxixe quando comido gera alucinações (não sei qual o efeito de quando fumado, pois os efeitos descritos no livro são provenientes da ingestão). É relativo a isto que Benjamin relata suas experiências neste livro, um livro escrito por um intelectual de alto calão de origem burguesa comendo haxixe. É interessante que Benjamin usa o haxixe a título de curiosidade, muito mais por experiência, o que é interessante para pensar o uso das drogas hoje em dia e as significações que as drogas ganham ao longo da história.
O bom deste livro é que ele não é acadêmico ou teórico como boa parte dos textos de Walter, onde ele consegue demonstrar uma boa erudição, ao menos nos poucos textos que eu li dele percebi uma alta erudição. Gosto de imaginar alguém tão intelectualizado como ele comendo o haxixe. Pelo que o livro relata ele aluga um quarto e fica ali sozinho apenas, lendo, (des)escrevendo e comendo o haxixe. Benjamin toma uma série de precauções para não sofrer alguma adversidade causada pelo efeito do haxixe, o que denota mais ainda o tom de experimentação.
126 p.
Além do tom de experimentação, vale lembrar d senso estético que Benjamin procura desenvolver na experiência de comer haxixe.
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