quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fahrenheit 451 - Ray Bradbury




Esta edição do livro traz um "Apêndice" com alguma coisa escrita pelo autor, o que ajudou muito com que eu fica-se impressionado com a obra. Ray é um autodidata, e meus amigos sabem o quanto gosto deles. E eu sei o quanto gosto desse tipo de ficção científica.

O impressionante do livro é que ele conta sobre um futuro onde se queimam os livros, e fahrenheit 451 é a temperatura em que eles queimam. A obra já traz questões como a imbecilidade (se é que posso falar assim) das pessoas, da civilização. O comodismo das pessoas, entre outras coisas. Uma coisa interessante é que o livro é escrito na década de 1950 se não me falha a memória (comodismo em ir pegar o livro), e já traz questões bem atuais. O fato das pessoas terem mais de uma televisão em casa e participarem dos programas, e isso fazer com que elas fiquem viciadas. O abuso de remédios para enganar o corpo e etc... Só não há livros de auto-ajuda porque o livro trata de queimar livros, então não faria muito sentido.

A parte que mais me chamou a atenção quando li o livro, foi quando o personagem principal lê um trecho qualquer de um livro para a visita. Como é de se imaginar, ler um trecho qualquer de um livro, uma frase dentro de um livro todo, pode não passar praticamente nada da idéia do livro, e assim que ele lê a visita chora e não sabe o porque chora. E fica brava por chorar, por sentir algo. Isso é algo muito intenso e deve ser pensado, nessa busca de felicidade, na fuga das pessoas, de irem por um caminho que as machuca, e ficam se enganando de várias formas, seja comprando algo, fingindo que não pensa, tomando drogas licitas (geralmente) ou lendo livros vazios...