
Ontem na aula estavámos discutindo o disciplinamento do corpo, e chegou a um momento em que começamos a falar sobre 1984, fahrenheit e admiravél mundo novo (este ultimo não li). E lembramos o quanto o disciplinamento e a bioplítica está bem ilustrada nestes livros, e que se não me engano todos são anteriores a "Vigiar e Punir" do Foucault.
A cena marcante do livro é a teletela berrando para o personagem principal (Wilson Smith?) tocar os pés sem flexionar os joelhos e de pé. Ele é resistente e não queria nada daquilo. Também é interessante a coisa de ser vigiado o tempo todo, que no livro é muito bem exemplificado no que implica, e hoje em dia percebemos cada vez mais cameras nas ruas, e o pior, pessoas pedindo por isso. Pessoas igual ao vizinho do personagem principal (não me recordo no nome, só lembro da Júlia...) ou pior, igual aos filhos daquele vizinho, que entregam o próprio pai.
A hora do ódio eu assisti um tempo atrás quando me deparei com o filme "tropa de elite", lembro que depois no quartel quando fui obrigado a me apresentar, havia um garoto de cabelo raspado e que rosnava de canto "pede pra sair, pede pra sair" quando questionava alguém sobre a vontade de servir, e a resposta era negativa.
Um livro antigo, escrito por um sujeito vagabundo, e antes de um intelectual carimbado e certificado por uma instituição. Já era uma questão que estava no ar, e que depois é organizada e esclarecida por aquele francês que eu gosto tanto.
Lembrar antes de encerrar a importância de se ler um romance com um olhar mais profundo, ir além da histórinha. E lembrar que o que a grande massa lê, não são livros de teoria, mas sim romances.
Por agora é só, há inumeras críticas e leituras sobre este livro, há até um filme, mas não cometa o erro de assistir o filme antes do livro. E para quem já leu, só para recordar um pouco.